segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Filantropia Remunerada II

Isso começou como um comentário no post anterior...acabou ficando grande, decidi colar como um post novo...

hum, assunto espinhoso...no meu prisma, voltamos ao significado...eu não acredito (é só o que tenho visto, não quero ser o dono da verdade) que alegações éticas ou cívicas sustentem uma opção de vida..acho que a parada tem que ser pessoal..o que te move?? é grana? é ajudar os outros? é poder? é vaidade? é prazer? acho que só com um profundo auto-conhecimento é possível ir destrinchando os meandros desse jogo complicadíssimo que chama-se vida.
Pra ser bem sincero, acho que o maior bem que você pode fazer pra sociedade é ser uma pessoa equilibrada. Mas equilibrada de verdade, tranquila, em paz, ciente dos obstáculos e da dificuldade que é viver e mesmo assim, conseguir amar a vida. Só uma pessoa equilibrada consegue ser tolerante de verdade, compassiva de verdade, amorosa entre outras características que eu, ardentemente, busco.

O que eu vejo é que auto-conhecimento e auto-disciplina são muito difíceis de conseguir. É mais fácil doar grana ou coisas materiais. Ops, peraí, antes que eu seja apedrejado:é óbvio que doações materiais são altamente bem-vindas. Mas aí acontece o que foi descrito no post anterior: no primeiro perrengue, não é a prestação do seu Honda Fit ou o chope no Salve Jorge que você corta e sim a ajuda às Casas Andre Luiz.

Food for thought

2 comentários:

Bill disse...

assunto muito espinhoso, concordo com toda a parte de ser uma pessoa melhor, mais equilibrada o unico senão disso é que para mim só isso pode passar meio desapercebido, como um pano de fundo, acredito que isso com um pouco de ação dá um resultado muito melhor. E a ação eu acho que esse grupo de colaboradores já faz diariamente a partir do momento que cada um se ajuda (de maneira sincera), o que muda o mundo para mim é você tentar ser uma pessoa melhor, diariamente, e isso a gente faz e muito bem...

Masamune disse...

Acho também importante começar a fazer. De qualquer maneira que seja, às vezes ajudar a sua faxineira já é um começo.

O auto-conhecimento é importante, o problema é que ele não termina nunca, pois há muitos detalhes, e você está sempre em mutação, ou seja, vai ter que conhecer uma nova pessoa...

E nesse meio-tempo, enquanto você não "se conhece" a vida passa. Então por quê não começar agora, hoje, a dizer para os outros o que pensa que pode ajudar essas pessoas? Não tem certeza? Bem, ninguém tem. Tem medo de magoar? Depois pede desculpas...

"Todo mundo quer ir pro Céu, mas ninguém quer morrer."