terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tchau pra CBN também

Nesse começo de ano instalei um som novo no carro, com entrada pra I-pod - LIBERDADE !!!

Apesar disso, coloquei na memória algumas rádios de notícias, às vezes pela manhã venho escutando. Com o novo som já eliminei a rádio Bandeirantes, pois achava o nível dos apresentadores e comentaristas muito ruim. Restaram Jovem Pan, Eldorado e CBN.

Pois bem, hoje pela manhã decidi eliminar também a CBN. Que o Heródoto Barbeiro é um petista descarado eu já sabia. Que o Gilberto Dimenstein é um idiota ou bandido também já sabia. Que eles mantém o Cony no ar, falando bobagens enquanto ganha quase 20 mil reais de pensão do governo - paga por nós - eu já sabia.

A sequencia

Começou com a notícia de que o mesmo juiz que determinou a cassação do Kassab concedeu efeito suspensivo e ele segue no cargo. Quem quiser mais detalhes olhe no noticiário, o que importa é que o Kassab foi acusado de ter recebido doações ilegais segundo a opinião de um juiz de primeira instância. Ele não seguiu a lei, seguiu a opinião dele.

Bem, o comentário do Heródoto foi absurdamente jocoso, colocando no mesmo saco os vereadores de diversos partidos, que também foram cassados por esse critério esdrúxulo. Por esse critério quase todos os governantes eleitos do Brasil seriam cassados. E não está na lei.

Em seguida ele mistura isso com as enchentes de São Paulo. Com o tanto que choveu ontem por exemplo, como evitar que as ruas alaguem? Outra pergunta simples, se a culpa é toda do Kassab e do Serra, o que eles fizeram ESSE ANO na cidade para que tudo alague? Sim, pois nos anos anteriores também chovia, a cidade era muito parecida em termos de lixo e impermeabilização do solo e não era esse desastre todo dia. Portanto o que mudou? Hum, será que o fato de ter chovido 45 dias seguidos tem algo a ver?

Como se não bastasse, logo em seguida o Dimenstein aproveita o AVC do Ricardo Gomes para comentar um estudo de algum canto do mundo que relacionou a poluição das cidades com maiores ocorrências de derrames. Com isso ele dá pancada no Kassab de novo, dizendo que SP é muito poluída. Nossa !! Poluição faz mal!! Que descoberta fantástica! Por acaso isso é notícia?

Pra terminar entra Cony, Xexeu e Vivi. Como se não bastasse a imbecilidade do Cony, agora se tem essa grosseirona que simplesmente atropela os dois velhinhos com seu discursinho de ONG . Falavam da educação fundamental, que agora começa aos 6 anos. E que é alto o índice de repetência nesse novo "primeiro ano". Bem, era alto o índice antes, quando começava aos 7, só recuou pros 6 anos.

Adivinhem qual é o problema na opinião dela? É a exclusão ! Nas palavras dela o Brasil tem uma Cultura de Exclusão que permeia a sociedade e a educação. Tem que mudar essa cultura dos educadores. Diz também que tudo que se aprende na escola é inútil, que todos nós terminamos por aprender de verdade na rua, com amigos e conhecidos.

Pra terminar ela cita uma entrevista que fez com uma senhora na rua - grande base estatística !- e que essa senhora abaixo da linha da pobreza ( o que isso tem a ver?) disse que seus filhos são burros pois não passam na escola. Já a nobre Vivi não concorda e acha que essa Sra. também está contaminada pela cultura da exclusão !

Acho absurdo gente assim, que não tem solução prática pra nada. Não tem um plano de ação ou responsáveis. Tudo faz parte de uma herança histórica que em geral remonta a 500 anos de colonização. Só sabe dar pancada, fazer que é bom nada. E o caminho é reinventar o ser humano, eliminar esse pensamento excludente, melhorar a raça humana. Teve um personagem conhecido que pregava o mesmo século passado.

Os caras querem entrar na minha mente e me impedir de PENSAR ??? Eu não aceito. Vão se fuder !!!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Você é um Avestruz??

O erro do Avestruz...



A imagem é conhecida, e a metáfora também. Sugere uma situação em que alguém se recusa a ver um problema ou situação desagradável.


O cérebro é algo curioso.

O avestruz não é lá muito inteligente. Somente os animais vertebrados têm cérebro, sendo o mais simples de todos o dos peixes. Acima dos peixes estão os répteis seguidos das aves. Depois temos os mamíferos e finalmente os primatas. No topo de tudo estão os cérebros dos seres humanos.

Parece incrível portanto ver uma pessoa agindo como avestruz. Talvez a explicação esteja na origem do nosso cérebro, pois ele é resultado da evolução, preservando estruturas que são similares às de todos os cérebros anteriores.


O cérebro humano tem em sua parte exterior (neocortex) as funções mais sofisticadas, como a fala, pensamento abstrato, memória. Nas camadas inferiores, dentro do cérebro, ficam as funções mais básicas. No miolo de tudo está o bulbo, que controla os batimentos cardíacos e a respiração por exemplo - que é uma parte que qualquer animal tem.

Portanto, dentro do cérebro humano restam vestígios do cérebro de uma ave, o que explicaria essa regressão momentânea. O bulbo humano por exemplo é muito similar ao dos répteis. Inclusive, algumas drogas podem “desligar” as funções superiores do cérebro, fazendo com que o indivíduo se sinta um lagarto...


Já passei alguns dias na praia me sentindo como um dragão de Komodo...


Os confrontos

Bem, voltando ao avestruz, por que agimos como ele? Quando bebês tudo vai bem, mas depois de certa idade ( acho que por volta dos 3 anos...) descobrimos que nem tudo acontece como gostaríamos.

No começo brigamos e esperneamos, mas em geral rapidamente aprendemos a evitar confrontos com quem é muito maior ou poderoso.

Esse aprendizado em geral é cortesia dos pais e irmãos mais velhos, que nos mostram -muitas vezes fisicamente - quem realmente manda.


De qualquer jeito, se não aprende em casa, mais tarde um coleguinha da escola se encarrega disso...


Imagina esse aí ameaçando te pegar na saída...


Uma encruzilhada

Só que chega uma hora que o confronto é inevitável. Tem momentos que não podemos mais esconder de nós mesmos que algo vai mal. Em alguns casos acontece um fato radical que nos joga nesse confronto. Pode ser um acidente, uma demissão, um pé-na-bunda.

Em outros casos vem de forma inconsciente, como um desconforto tão forte que nos obriga a agir. O problema é quando esse desconforto vai crescendo devagar, e nossa extraordinária capacidade de adaptação faz com que o ignoremos por muito tempo. Nesse caso são as tais funções superiores - raciocínio e memória - que vão nos ajudar. Nessa hora não adianta contar com o bulbo do avestruz...

E você? Está se portando como avestruz ultimamente??


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um por semana...

Só faltava eu fazer o chamado e não cumprir...

Essa semana trabalhei muito, o que deixa pouco espaço para devaneios da mente. Com isso fiquei sem assunto também. Mas vamos lá assim mesmo.

Queremos ser aceitos

Desde pequeninos imitamos nossos pais e outros humanos, pois isso faz com que eles nos aceitem mais facilmente. Essa aceitação gera prazer e recompensa em nossas mentes e corações desde o berço. Basta ver que os filhos pequenos em alguns momentos repetem textualmente palavras que escutaram seus pais dizerem.

Vamos crescendo, e em maior ou menor grau vamos nos adaptando ao que esperam de nós. Pais, família, amigos da escola, namorada, a todos queremos agradar, em busca de uma recompensa emocional. Mais tarde começamos a trabalhar e nos adaptamos a novos rituais, roupas, códigos para sermos aceitos e progredir na vida. Nesse caso a recompensa passa a ser financeira.

E existem muitas pessoas, provavelmente a maioria delas, que vão assim até a morte. Gente que a cada passo ou atitude está pensando no que os outros vão dizer, ou estão cheio de culpas por estar desrespeitando ou desapontando um código de valores da família, religião, amigos ou sei lá.

O valor da rebeldia

Nem todo adolescente se torna um rebelde - só os saudáveis....

Eu lembro nitidamente do ódio que tinha do meu pai quando eu tinha uns 14 anos. Eu via nele tudo que eu não queria ser, e tinha uma raiva mortal de ver minha fraqueza como espelho da dele. Eu dei um pouco de trabalho. Fazia as coisas sem permissão, voltava tarde quando não podia, zoneava na escola.

Mas engraçado que nunca fui dissimulado. Eu omitia, mas não mentia. Se questionado diretamente, a tendência era eu dizer a verdade para meus pais. Eles não perguntavam muito, então eu ficava na minha. Fico pensando se a suposta fraqueza dos meus pais não tenha sido o embrião da minha força.

Como é bom viver sem ter que dar satisfações.

Vivemos em sociedade, e como seres humanos temos necessidade de aceitação das pessoas com que convivemos.. Nesse sentido é impossível estar isento a elogios,e agrados, beijos e abraços.

Quando aquela gata te olha com aquele olhar de "Você mandou bem !!!" não dá pra ficar imune. - quer dizer, vc sempre pode virar gay...

Só que esse é o EGO em ação, e ele tem que ser esmagado. É aquela parte de nós mesmos que se sente ameaçada. humilhada, rejeitada e também se sente orgulhosa, poderosa, desejada. E pra abandonar um sentimento negativo seu correspondente positivo também tem que ir embora. Seria como se sua mente atirasse esses sentimentos contra sua alma.

Só se torna a alma resistente aos ataques interno de sua mente tornando-a imune também aos agrados. Pois a mente que ataca a alma é a mesma que a adula. E às vezes só de deixar de nos sentir apreciados, já nos sentimos rejeitados. E com isso sofremos.

O budismo diz que todo sofrimento vem de expectativas não atendidas ou desejos náo satisfeitos. Se não esperamos nada, atingimos a paz.

E com a paz nos tornamos livres. E quem é livre, não tem que dar satisfações.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pra tentar manter a promessa de escrever mais por aqui..

Tava sentado meio de bobeira sei saber sobre o que escrever. Aí reli o post anterior do Enxaqueca. Resolvi então escrever sobre ele.

Em primeiro lugar eu fiquei muito feliz pela iniciativa do Enxaqueca. Independentemente de convergências nas opiniões, eu acho muito, repito, muito importante uma pessoa se colocar. Eu acredito que aqueles que não se colocam tem na verdade um medo profundo de desagradar. No fundo é vaidade. Para crescer, temos que dar a cara pra bater, nos colocar. Portanto achei louvável.

Vou apenas tocar em um dos pontos que ele levantou, que é o assunto que atualmente mais mexe comigo: o da espiritualidade.

Achei muito legal quando ele diz ser "zero espiritual". Achei genuíno e íntegro. A espiritualidade não é pra todo mundo. Não quero dizer com isso,absolutamente, que " a espiritualidade é só para os mais especiais e bla bla", seria uma grande imaturidade da minha parte. Não é pra todos assim como o esporte não é pra todos. A gastronomia não é pra todos. A música. Há os que se identificam e os que não. Simples assim. O que interessa é a pessoa estar em paz. Se ir num boteco tomar umas traz mais paz do que ficar orando, eu sou o primeiro a defender todos os botecos do mundo.

Eu não sei porque religiosidade virou um assunto tão delicado. As pessoas matam pela sua fé. Discriminam os que têm fé diferente. No fundo no fundo,eu acho que rola uma insegurança da própria fé. O fato do outro não acreditar no que eu acredito traz uma pontinha de "hum, e se não for verdade?", e isso descontrola. Sei lá, é só uma análise.O mundo já é sisudo demais. Se até um aspecto que, teoricamente, existe para nos trazer paz e conforto, vira uma obrigação intelectual ou social, há algo errado.

Uma das ferramentas mais poderosas de combate à depressão e à falta de sentido pra vida é o esporte. Isto é comprovado pela ciência. Mas eu nunca vi ninguém discriminar alguém por fazer ou não esporte. Nunca vi um praticante de basquete matar um nadador só porque ele pratica um esporte diferente.

Eu estou buscando a espiritualidade por absoluta necessidade. Eu preciso desesperadamente encontrar um sentido para os absurdos desta vida. Um porquê de estar vivendo. E isso não me faz melhor do que ninguém. Talvez até seja o inverso. Uma vez um amigo, ferrenho estudante espiritual, disse durante uma sessão de estudo "os que estão aqui são os que mais precisam". Eu concordo.

Enfim, já que abrirarm a sessão "saindo do armário", dei minha contribuição..hehe

Shanti

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Saindo do armário

Até algum tempo atrás, considerava que convivia com pessoas esclarecidas, e achei que isso era uma coisa boa. Afinal de contas, o que melhor do que estar com pessoas que sabem o que pensam sobre espiritualidade, o sentido da vida, destino e livre arbítrio, enfim, todas estas questões que por milênios os sábios vêm tentando decifrar.

Ouvi muita gente. Tive muita oportunidade de formar a minha opinião. Horas sem fim foram passadas discutindo estes assuntos, li um pouco também para ver o que os chamados sábios pensavam, e formei minha própria conclusão:

Foda-se.

Eu não me importo. Ficar discutindo, refletindo, pensando e repensando estes assuntos não vão tornar a minha vida melhor. Não acredito que vou ser mais feliz por causa disso. Cheguei à conclusão que grande parte das horas dedicadas foram um exercício de lógica, e não uma busca de respostas.

Como é bom poder tirar este peso das minhas costas! E aproveitando o embalo das afirmações egocêntricas:

Sou zero espiritual. Não sinto a necessidade de acreditar em uma força superior que dê sentido para tudo. Não me faz a menor diferença. Existindo ou não um deus, não muda nada na minha vida, então não vou mais me dar o trabalho de pensar nisso. Nem preciso dizer que abomino toda e qualquer organização religiosa. Não é orando nem meditando que cuido de minha alma. Cuido dedicando tempo para mim – passando tempo com minha mulher, vendo televisão, bebendo cerveja com os amigos, fazendo uma boa viagem,...

Minhas posições políticas? Acho que sou sim conservador e reacionário, e não tenho nenhum problema com isso. Acho que o governão-paizão é um lixo, já que não sabem fazer nada direito, e que as pessoas têm que trabalhar para conseguir o que querem. Acho que educação não é para todo mundo. Acho que aborto é questão de escolha da mãe. Educação superior não é para todo mundo. Sou a favor da pena de morte.

Eu sou um nerd. Não um geek, que acho isso coisa de patricinha e de nerd ressentido. Curto quadrinhos, já vi Guerra nas estrelas dezenas de vezes, curto jogar vídeo game, gosto de ficar decifrando quebra-cabeças, e tem assuntos que eu gosto de estudar. Gosto de literatura pop - tentei ler alguns clássicos mas achei que, apesar de boas histórias, o estilo me dá sono. Acho que pouquíssima coisa de qualidade foi gravada a partir da década de 90. David Lynch e o Kubrick me fazem apagar em poucos minutos. A maior parte do teatro é um pé no saco, especialmente os lances minimalistas. Ah, também tenho uma dificuldade imbecil de me relacionar com mulheres, especialmente as bonitas.

Tenho minhas raivas do mundo corporativo, mas também tenho saudades de muita coisa. Eu gostava sim de ter um monte de gente em volta, gostava de ver meu trabalho na rua, gostava de poder falar que todo mundo estava fazendo tudo errado. Tenho conversado com bastante gente – autônomos, empreendedores, corporativos, vagabundos, e tenho assunto, coisas pra aprender, coisas para ensinar, e risadas com todos eles. Os empreendedores não sabem o segredo da vida, os corporativos não são todos cinzentos, e os vagabundos não têm a melhor vida do mundo.

Não acho trabalhar a pior coisa do mundo. Aliás, estou curtindo para caralho o que estou fazendo. Convivendo com gente bacana, procurando jeitos novos de ganhar dinheiro, discutindo assuntos que acho interessantes, com gente inteligente.

Eu gosto de conforto. Dormir em colchão bom, me enxugar com toalha macia, comer bem, ter um bom carro. Poderia viver com menos? Sim, eu poderia. Preciso de menos? Quem se importa. O ponto é: me dá prazer viver bem, e proporcionar uma boa vida para aqueles que estão à minha volta. Também não acho que todo mundo que quer curtir uma boa vida é vazio e superficial.

Ah, antes que me perguntem - não, não sou gay. Não tenho nenhum problema com quem é, desde que não fique se agarrando do meu lado, porque sim, ver dois caras dando uns malhos me incomoda.

Não me acho um ignorante. Já passei horas discutindo cada um destes assuntos, conheço os argumentos contrários, sei que toda regra tem sua exceção, etc. Mas se tivesse que fazer uma afirmação definitiva sobre cada um destes pontos, seria isso.

Serei vazio, preconceituoso, superficial, etc? Repito - é libertador não ligar para a resposta.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Nostalgia

Tem uma música do Bob Dylan que eu gosto muito. Chama "Most of the Time". Esta merda não está colando, por algum motivo, mas o link da letra é o seguinte:

www.stlylyrics.com/lyrics/highfidelity/mostofthetime.htm

Estou citando essa música pelo seguinte: Tem dias que me sinto meio saudosista, é engraçado como o que a música fala com relação a uma mulher, eu sinto com relação ao passado.

Sabe aquela coisa de ir revendo os diferentes momentos da vida e lembrar das coisas boas. Já tentei muitas vezes pensar no que eu tinha, em identificar o que tornava cada um destes momentos bons.

Lembro de menos stress, de menos responsabilidades, mais tempo. Lembro das pessoas que estavam à minha volta - algumas ainda estão, porém temos outro relacionamento. Outras se foram pra algum canto (ou nenhum, em alguns casos). Algumas ainda estão aí, nos vemos pouco, porém a cada encontro, percebo que nada mudou. Nossa relação é a mesma. Evidente, as pessoas mudam, o mundo muda, mas a sensação de cumplicidade, de tranquilidade permanece. Cada encontro com estas pessoas me faz excepcionalmente bem. É uma sensação de descansar, de voltar a ser moleque - menos estressado, mais irresponsável - e me faz feliz.

Eu fico pensando se eu deveria considerar este o melhor momento da minha vida. Afinal, estou numa fase de trabalho e grana boa, com uma namorada de quem gosto, com saúde, bem com minha família, em paz... Mas não consigo deixar de olhar para aqueles tempos com alegria e saudades. Acho que eu nunca vou.

Não preciso de terapia para saber que houveram fases na minha vida que não curti por completo. E nem vou mais - o momento passou.

Mas num piscar de olhos, esse sentimento meio triste passa.

Most of the time, life's great.
Most of the time.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um post por semana

Não, não é uma resolução de início de ano...mas cada vez mais me dou conta do poder de agir. Ir lá e simplesmente fazer as coisas. Não ficar paralisado por medo ou comodismo.

Uma das coisas que me dá bastante prazer é acessar aqui a nossa página. E sempre é muito legal quando tem coisas novas. Seja o Enxaqueca reclamando, o Rivotril se questionando ou o Oco orando... sempre é legal - deixo pra vocês dizerem o que o Masamune faz...

Quero fazer um post por semana no mínimo, e queria convidar vocês a fazer o mesmo. Já nos vemos bem pouco, por diversos motivos. Passamos semanas às vezes sem contato. Que pelo menos aqui tenhamos esse contato frequente, pois as conversas com vocês sempre são estimulantes.

Esse final de semana estava na casa dos meus pais com meus 2 irmãos. E me pego me afastando das conversas. Na maior parte das vezes acho chato o papo que rola. É estranho sentir isso com sua própria família... Na verdade, na maior parte do tempo me sinto assim, deve ser por isso que me sinto bem sozinho.

Ontem saí pra andar de bicicleta ( valeu o empréstimo Rivotril, essa semana vou comprar a minha, aí voltamos à ativa). Estava começando a chover, de tarde. Saí no gás, fugindo da chuva. A sensação de liberdade nas ruas vazias em pleno domingão é espetacular. Fui até a Tok Stok, ver umas cortinas. Anotei os preços e voltei. No total um rolê de uns 15 Km em cerca de 2 horas.

Passei na frente do São Bento no Itaim, o bar estava lotado, galera vendo futebol. Fico olhando isso e pensando que eu poderia estar ali. Mas não estou. E acho cada vez mais chato esse tipo de programa. Vou virar um eremita? Ou já sou um?

Incluam suas respostas ao convite nos comentários...

Não posso tomar café

Não quero fazer um post reclamão, mas preciso escrever pra desabafar.

Estou trabalhando de novo, em uma multinacional, acho que dentre as multis não poderia ser um lugar melhor, a politicagem acontece num nível aceitável, o nível das pessoas é bom, vc tem bastante liberdade para fazer acontecer, paga bem e tem todos os benefícios de uma grande corporação.

Mas acontece que eu não posso tomar café, o motivo:
A máquina de café fica num ligar onde você pode ver todo o departamento, e a visão é terrível: um monte de gente (maioria jovem) sentada na frente de um micro, fazendo apresentações, respondendo e-mail, etc. É tudo o que não quero fazer da minha vida, quando fiquei sem emprego tive a oportunidade de refletir sobre varias coisas, e vi que a vida pode ser muito mais dinâmica lá fora, na rua onde as coisas estão acontecendo e podemos usar o tempo mais a favor do que contra a gente, por isso todo dia tem sido f... acordar e vir pra firma, sentar no computador e começar as apresentações...me esforço para entrar no ritmo, mas lá no fundo fica uma voz falando “isso não é vc”, “qual o significado de tudo isso?” Ta bom, está tudo na minha mão pra mudar isso e por que eu não mudo? Na boa, acho que é medo mesmo, e como disse o Oco uma vez “o medo dirige nossas vidas”.
Como disse no começo do Post não queria reclamar só escrever pra desabafar...