sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um por semana...

Só faltava eu fazer o chamado e não cumprir...

Essa semana trabalhei muito, o que deixa pouco espaço para devaneios da mente. Com isso fiquei sem assunto também. Mas vamos lá assim mesmo.

Queremos ser aceitos

Desde pequeninos imitamos nossos pais e outros humanos, pois isso faz com que eles nos aceitem mais facilmente. Essa aceitação gera prazer e recompensa em nossas mentes e corações desde o berço. Basta ver que os filhos pequenos em alguns momentos repetem textualmente palavras que escutaram seus pais dizerem.

Vamos crescendo, e em maior ou menor grau vamos nos adaptando ao que esperam de nós. Pais, família, amigos da escola, namorada, a todos queremos agradar, em busca de uma recompensa emocional. Mais tarde começamos a trabalhar e nos adaptamos a novos rituais, roupas, códigos para sermos aceitos e progredir na vida. Nesse caso a recompensa passa a ser financeira.

E existem muitas pessoas, provavelmente a maioria delas, que vão assim até a morte. Gente que a cada passo ou atitude está pensando no que os outros vão dizer, ou estão cheio de culpas por estar desrespeitando ou desapontando um código de valores da família, religião, amigos ou sei lá.

O valor da rebeldia

Nem todo adolescente se torna um rebelde - só os saudáveis....

Eu lembro nitidamente do ódio que tinha do meu pai quando eu tinha uns 14 anos. Eu via nele tudo que eu não queria ser, e tinha uma raiva mortal de ver minha fraqueza como espelho da dele. Eu dei um pouco de trabalho. Fazia as coisas sem permissão, voltava tarde quando não podia, zoneava na escola.

Mas engraçado que nunca fui dissimulado. Eu omitia, mas não mentia. Se questionado diretamente, a tendência era eu dizer a verdade para meus pais. Eles não perguntavam muito, então eu ficava na minha. Fico pensando se a suposta fraqueza dos meus pais não tenha sido o embrião da minha força.

Como é bom viver sem ter que dar satisfações.

Vivemos em sociedade, e como seres humanos temos necessidade de aceitação das pessoas com que convivemos.. Nesse sentido é impossível estar isento a elogios,e agrados, beijos e abraços.

Quando aquela gata te olha com aquele olhar de "Você mandou bem !!!" não dá pra ficar imune. - quer dizer, vc sempre pode virar gay...

Só que esse é o EGO em ação, e ele tem que ser esmagado. É aquela parte de nós mesmos que se sente ameaçada. humilhada, rejeitada e também se sente orgulhosa, poderosa, desejada. E pra abandonar um sentimento negativo seu correspondente positivo também tem que ir embora. Seria como se sua mente atirasse esses sentimentos contra sua alma.

Só se torna a alma resistente aos ataques interno de sua mente tornando-a imune também aos agrados. Pois a mente que ataca a alma é a mesma que a adula. E às vezes só de deixar de nos sentir apreciados, já nos sentimos rejeitados. E com isso sofremos.

O budismo diz que todo sofrimento vem de expectativas não atendidas ou desejos náo satisfeitos. Se não esperamos nada, atingimos a paz.

E com a paz nos tornamos livres. E quem é livre, não tem que dar satisfações.

3 comentários:

Rivotril disse...

e a busca para acalmar a mente é a meditação, tem gente que fala que só a meditação salva, e eu acredito. Fui numa sessão no ano passado, 2h meditando num templo budista, vc percebia na cara dos monges o quanto os caras estão em paz com eles mesmos e não é que eles não tenham problemas, no final até rolou uma sessão de recados do tipo, vamos limpar os banheiros, não cheguem atrasados, precisamos de grana para reformar o templo, etc. Foi legal ver a mistura da vida prática com seus problemas chatos num ambiente espiritualmente tão desenvolvido...

Homem Oco disse...

hehe..o Enxaqueca vai ficar putão com a gente..."pronto, transformaram o blog num antro de devotos.."

vou fazer um post sobre a silvia saint pra dar uma balançeada...

bjunda

Enxaqueca disse...

Putz, só me falta ter que ir no templo pra encontrar os meus amigos...

Se bem que dizem que na idade média as grandes cervejarias eram os mosteiros...