Minoria desprivilegiada

"A crise é coisa de gente branca de olhos azuis"- Lula.

Me senti insultado pelo comentário do presidente. De verdade, não consigo nem trabalhar de tanta raiva que estou sentindo, e ao mesmo tempo tanta frustração.

Entendo agora o significado de opressão - está sendo promovida uma guerra de classes, na qual meus direitos estão se perdendo, e não tenho sequer o direito de revidar aos ataques. Porque se expressar uma opinião de que "Crise é coisa de preto com cabelo sarará" ganho um passaporte para a cadeia.

E o pior, minha raiva sequer é direcionada à essas minorias que predominam no país (sim, porque negros e pobres são maioria no Brasil), minha raiva é sim direcionada em primeiro lugar a estes aproveitadores, que promovem a luta de classes, e a usam como forma de arrancar mais de meu dinheiro, e enriquecer ilicitamente no processo.

E em segundo lugar, e aqui aproveito para desabafar minha angústia, à essa ralé ignorante que se vende a qualquer preço, que aceita ser conduzida como gado - sem questionar ou se rebelar, que permite que seu espaço lhe seja tomado.

Vamos aos recados do dia:

. Pretos, vagabundos, viados, vadias, japas, portugas, judeuzada, gringos - não pensem que a portas fechadas todos são apaixonados por vocês. Vocês continuam sendo alvo de piadas daqueles que distribuem dinheiros para suas ongs e empresas. Vocês serão vidraça tão logo seja conveniente. Ou vocês se educam e brigam para que suas conquistas se concretizem, ou podem continuar cada um com seu programinha assistencialista até a hora que o governante cansar.


. Brancos de olhos azuis (ou classe média com educação superior, plano de saúde, previdência privada, casa própria, automóvel, com filhos em escola particular, ...)- manifestem-se, idiotas. É o seu dinheiro que é usado para promover essas mudanças. Não aceitem. Coloquem a sua ideologia antes da sua ganância, e direcionem o rumo das coisas. Lembrem-se do que é dito, e cobrem. Não tenho olhos azuis, mas entendi o espírito da coisa, e me incluo aqui, infelizmente, na parcela que considero oprimida, mesmo que por escolha própria.

. Adesistas de plantão - lembrem-se de quem paga suas contas. Nós temos memória. Em algum momento, vocês vão ter que acertar suas contas conosco.

Ano que vem tem eleição - e eu estou me propondo a fazer minha parte para tirar o máximo de votos do PT que conseguir. Não que os outros sejam diferentes na ganância e roubalheira, mas nunca antes eu havia tido minha identidade usada de forma a me oprimir.