quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Seleção

Hoje fui num headhunter participar de um processo, fiquei espantado com a quantidade de testes:

- Teste de inglês oral
- Teste de inglês escrito
- Teste de personalidade
- Resolução de um case
- Redação (título "Quem sou eu?"): escrita a mão

Tudo isso para entrar na empresa que é a 3a do segmento, com os detalhes:
- a marca principal está escrita em inglês (dificil pra caralho pra falar)
- um dos principais targets mal sabe ler e escrever

Bom, e o cargo tb não é nenhum Marketing Senior Motherfucker Manager, blá, blá, blá, com o carro equipado com sky window blaster mega i can see the moon.

Fiquei pensando onde está o problema:
- na empresa que pede um monte de merda que não levam a nada?
- na headhunter que aproveita o candidato que está lá para fazer os testes de merda?

Tirando o teste de inglês, os demais é pura bullshitagem, caralho até fora da empresa ainda na fase de "seleção" vc já tá na bullshitagem.

E ninguém pergunta, "e aí mermão, quando o bixo pegua quem vc fode primeiro: seu chefe, sua equipe, seus pares? Qualé a tua estratégia nessa hora pra se safar?"
Imagina o quanto mais sincero seria.

É isso aí galera, corporativo na veia!

3 comentários:

Enxaqueca disse...

A pergunta é: pelo que você está sendo avaliado? Obviamente não é pela sua sinceridade.

Tenho um amigo que uma vez pediram pra ele fazer a tal redação à mão. Depois contaram pra ele que era um teste grafológico.

O cara saiu do headhunter, passou na livraria, e comprou um livro sobre o assunto. Na próxima vez, não teve dúvida - mandou ver:
os pinguinhos no i ficavam lá para trás, porque o líder e um visionário. Os cortes nos ts eram decididos. E tantas outras asneiras.

Era a "letra do líder", como ele chamava.

Homem Oco disse...

cara, nao sei o que é mais surreal, os testes que tu teve que fazer ou o exame grafológico da letra do líder...gente, onde vamos parar...

Masamune disse...

Du carajo......

To aqui no lobby dum hotel de segunda categoria em Ribeirão, e vendo 2 caras barrigudos com crachá no peito e falando no celular...

Uma coisa tempos que admitir, o Brasil é rápido em absorver culturas de outros lugares, inclusive as mais merdas...