quinta-feira, 23 de julho de 2009

Já fiz o que eu podia...

Hoje fechei o tempo com um cliente que não me paga. Fizemos um trabalho para eles o qual, na conclusão, me foi solicitado que dividisse o valor remanescente entre as unidades de produção. Concordei.

7 notas foram emitidas. 6 foram pagas. A sétima nota está vencida faz quinze dias, e não tenho sequer uma posição sobre quando receberei. Entre as coisas que me incomodaram na conversa de hoje - fiz questão de anotar, pois queria lembrar das palavras exatas:

1. "Já fiz tudo o que eu poderia fazer."
2. "Só uma das sete notas não foi paga."
3. "Não acredito que vocês não têm caixa para completar esta diferença e pagar o fornecedor."
4. "O chefe da responsável é gerente da unidade, não vou incomodar ele por causa de uma nota."
5. "Se quiser, podemos partir para um rompimento de contrato."
6. "Não, não pode faturar o que falta para o grupo ao invés da unidade. Eu não tenho esse dinheiro no meu centro de custos, e não posso pagar por um custo que é da unidade."
7. "Vocês têm que ser flexíveis."

Passando minha raiva, fui ver o que tinha aí:

1. Largando o problema para eu resolver.
2. A empresa minimizando o problema.
3. Transferindo a responsabilidade.
4. Me diminuindo.
5. Pressionando com o tamanho da empresa.
6. Tirando da reta.
7. Questionando a intensidade da minha parceria.

Em tempo - a empresa é uma das 10 maiores do Brasil. A nota é de R$1.000.
Todo mundo deveria ser fornecedor antes de ser cliente...

Esse foi só para contar o causo e tirar do meu peito. Depois eu conto pra vocês no bar a minha resposta, e o post filosofando sobre isso vem outro dia...

3 comentários:

Rivotril disse...

Vai lá cobrar pessoalmente e só saia de lá quando pagarem, as vezes falta o contato pessoal, voltar aos velhos tempos, sei que é foda, mas pode resolver

Enxaqueca disse...

Rio Grande do Sul...

Masamune disse...

Só pra mostrar outra forma de ver a situação.

1 - Pode ser verdade que ela já fez tudo que ELA acha que devia.
2 - É uma verdade.
3 - É uma crença dela, e é verdade, o problema não é o fluxo de caixa.
4 - Acredito nessa. É ridículo, mas verdade na maioria dos casos.
5 - Ameaça escrota, mas ela foi escrota em todo o resto...
6 - Burocracia de empresa grande.
7 - Opinião dela.

Só quis mostrar que com os mesmo fatos pode-se chegar a diferentes conclusões. Acho que tem que ponderar as situações, aprender se estressar com o que importa.

Os 1.000 reais não fazem diferença pra você, não vai te fazer rico ou pobre. A empresa é grande, você não acha que uma hora eles vão pagar? Mesmo se não pagarem, qual o impacto real?

Às vezes tem que relativizar melhor as coisas, do contrário vc vive estressado.