O avanço das mulheres no mercado de trabalho é bem vindo e merecido.
Já existem dados mostrando que esse avanço se dá também nas universidades, onde o percentual de mulheres cresce continuamente. Elas tendem a estudar mais, por diversos fatores que não cabe explicar aqui.
Eu entrevistei recentemente uns 20 candidatos, foram 15 mulheres. Não é uma base estatística, mas a maior parte das entrevistadas está fazendo ou vai fazer pós, curso de línguas, etc. Os homens não.
Se o trabalho vai depender cada vez mais de conhecimento e menos de força física, a vantagem natural do homem diminui. E com as mulheres estudando mais, elas tem tudo pra tomar à frente.
Mais um dado. Estive em um congreso do mercado de luxo ano passado. De umas 300 pessoas, 200 eram mulheres. E os homens dedicavam os intervalos a fumar e falar de futebol. As mulheres faziam contatos e discutiam negócios.
Já existem diversos casais em que a mulher ganha mais que o homem, e isso só vai aumentar.
Li em um livro uma hipótese relacionada a isso. O trabalho doméstico, inclusive cuidar de crianças, exige muito mais força física, especialmente nos países desenvolvidos onde não é comum ter empregada em casa. O homem estaria mais habilitado a carregar sacolas de compras enquanto carrega uma criança por exemplo. Teria mais força e afinidade por pequenos consertos domésticos e com traquitanas tecnológicas que existem em uma casa.
Em um ambiente corporativo onde as reuniões são frequentes, a habilidade das mulheres não pode ser subestimada. Em vendas e marketing, é fundamental a comunicação, e elas aparentemente o fazem melhor. E talvez sejam mais competitivas que os homens.
Com isso em mente, talvez o destino dos homens seja ficar em casa cuidando do lar. Antes de se desesperar, avaliem com calma, pode ter suas vantagens.
Porque com a TV a cabo, você não precisaria ficar vendo programa da Silvia Popovic...
Imagine-se no meio da tarde, já foi ao supermercado, as crianças estão no karatê, ballet, inglês, o que seja. Você liga no SportTV...
Enquanto a Heineken gela seus dedos você acompanha com expectativa o desenrolar do lance.
Nessa hora sua esposa-executiva de sucesso está entrando na quinta reunião interminável do dia e te liga pra avisar que vai atrasar.
Você coloca a TV no mudo e dá toda a atenção, afinal você tem o pacote da SKY com replay incluso.
Você mostra empatia por sua amada, e se dispõe a dar o jantar pras crianças, colocá-las na cama e esperar pra jantarem juntos.
Messi em campo. Esse cara joga tanto que deveria ser brasileiro...
E aí? Vai sentir saudades das reuniões com vendas pra discutir porque o incentivo não está funcionando? Ou dos Team Building que você participou escutando problemas de gente que você hoje nem lembra mais o nome?
Meu camarada, bola na rede é o que conta...
3 comentários:
hehe, show de bola! aqui no escritório, de doze pessoas, dez são mulheres..os maridos são professores de caratê ,fotógrafos,
do lar (é sério!)..acho que os homens perceberam a roubada que é o mercado corporativo antes..rs
ps: gorducho mandou lembranças...
Cara,
Ando bastante pelas empresas e tenho visto bastante isso. Muito mais mulheres, e homens claramente mais desconfortáveis com o mundo em que vivem. Parece que as mulheres ainda estão com aquele tesão pela novidade que é encarar o mundo corporativo.
Eu sempre questionei muito esse lance de ser "do lar". Do meu ponto de vista, é totalmente digno, desde que a pessoa não abra mão de si mesma para viver em função dos outros, esquecendo de se cuidar fisicamente, socialmente, intelectualmente, que é o que eu vejo acontecer em 90% dos casos.
Quem sabe, quem já se queimou com o mundo corporativo talvez saiba aproveitar melhor a vida "do lar". Eu confesso que acho um tesão.
PS: Odeio o gorducho, mas o cara apavorou o Santos...
eu topo, é como o Diogro disse, tem que manter um bom nível social e intelectual.
Mas acredito muito que elas vão desistir rapidinho, cara, conversa com aquelas que já estão há um bom tempo na vida corporativa eu acho que elas encontraram um "mundo novo" mas vão perceber muito rápido que é foda e muitas vezes não vale o custo-benefício. Pra mim a mulherada de 20 já não está mais tão afim não.....
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