segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Esse vídeo eu não tinha visto...

Da série "Se você acha que chegou ao fundo do poço cuidado! A madeira abaixo dos seus pés pode ser um alçapão" E um PTista tem a chave...


O jeito que o Lula e Sergio Cabral se dirigem a esse garoto é algo impressionante. Estivesse alguém da imprensa legitimamente interessado em expor a verdade, só com esse vídeo dá pra destroçar os dois. E iguais a esse vídeo devem existir milhares...

Destaque para a educação britânica do Cabral dizendo pro garoto estudar...isso ao lado do maior entusiasta da falta de estudo desse país...

Anti-americanismo

Muita gente no Brasil é contra os EUA. Pegam erros que qualquer país comete, ainda mais sendo uma potência com interesses e envolvimento no mundo todo, e metem o pau querendo botar pra baixo o American Way of Life. Para subsituir usamericanú, parte da imprensa tenta valorizar a China ou países árabes como opções válidas de sociedade ( Viva as Ditaduras !!!)

Ontem assisti a um filme chamado Frost/Nixon. Basicamente conta a história das negociações e da entrevista feita por Frost, jornalista australiano, com o ex-presidente Richard Nixon, que teve que renunciar por conta do Watergate. Lendo depois na Internet, fiquei sabendo que o filme não reflete exatamente a realidade em diversos aspectos, porém no que me impressionou mais ele é real.

Toda a discussão sobre a democracia americana, o sistema político e o impacto de um presidente que age ilegalmente e se julga acima da lei é muito interessante. Novamente, embora eu saiba que está um pouco maquiado e romantizado, e que os americanos não são tão esclarecidos assim, de qualquer maneira é um passo enorme em relação à dramaturgia tupiniquim, tropa de elite incluído aí.

Trata-se de refletir na tela valores como democracia e liberdade, que se não são totalmente praticados por todos, são respeitados e incontestáveis. Existem muitos e muitos filmes de Hollywood, alguns verdadeiros blockbusters que tratam de liberdade de expressão, liberdade de imprensa, etc. A verdade é um valor inegociável. por lá...

Enquanto isso no Brasa...

Nesse final de semana assisti também o documentário Ônibus 174, que alavancou a carreira do Padilha para o fenômeno Tropa de Elite. A abordagem é totalmente outra, mostrando o algoz do sequestro do ônibus somente como vítima. Sem duvida o cara teve uma vida de merda com experiências péssimas. Mas isso justifica tudo?

- Aí parcero...eu sou a vítima valeu? Vo ficá mó triste se a mina morrer...

E as pessoas que tiveram suas vidas afetadas pelos atos do criminoso ( sim, era um criminoso) tem voz? Elas são retratadas no filme, mas apenas como coadjuvantes. O filme conta a história do sequestrador, mostra sua tia, onde morou, onde ficou preso, seus amigos da rua, antigo instrutor de capoeira, todos dizendo que ele seria incapaz de matar. Como se isso justificasse manter meia duzia de pessoas reféns sob a mira de uma arma engatilhada.

Enquanto isso, Geísa Firmo Gonçalves é coadjuvante. Ela foi a garota de 20 anos morta pelo bandido no final do sequestro. No documentário não se mostra seus pais, sua história, seus amigos. Afinal, o filme quer mostrar que a vítima era o sequestrador...

Explica mas não justifica

Essa frase resume muita coisa. Pois o filme explica o que trouxe o marginal até ali de forma muito competente mas falha enormemente ao deixar implícito que isso justifica seus atos. Porque ao falhar em explorar o aspecto de que o sequestrador era um criminoso contumaz, que provavelmente nunca em sua vida trouxe algo de positivo para a sociedade, fica-se ao final com que? Qual a solução? Perdoar todos os infelizes que fazem cagadas e cometem crimes?

Sem dúvida que a polícia carioca cagou nesse dia. É a mais corrupta do Brasil e talvez do mundo! Sistema carcerário segurança pública, tudo uma droga no Rio e em outros lugares. Mas achar que a solução é meter o pau nas otoridades em filmes, novelas, livros ao mesmo tempo que glorifica marginais e excluídos é uma bobagem imensa.

Bobagem repetida diariamente pela imprensa, que aos poucos vai formatando o pensamento vigente. Ou talvez as manifestações culturais apenas reflitam o pensamento da maior parte das pessoas. Pois são poucas que concordariam com essa abordagem dos fatos. Diriam que é simplista de minha parte colocar a culpa no sequestrador que botou a arma na cabeça de mulheres indefesas. Que eu não levei em conta o fato de ele ser negro e que os tataravós dele foram bisnetos de escravos...ou qualquer argumento do tipo.

Mas eu sou simplista e radical mesmo...

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