Essa seria a última frase que o Osama escutaria se o BOPE fosse internacional...Captain Birth na área...
Vi a notícia hoje de manhã. Como eu esqueci o ipod em casa e graças a um acidente na marginal escutei todas as versões, análise, discussões em todas as rádios agora de manhã. O que me espantou foi ver na internet imagens dos americanos comemorando a morte do Osama.
Isso vai surpreender quem me acha insensível, mas me chocou ver pessoas comemorando a morte de outra pessoa. Uma sensação de alívio seria compreensível, mas celebrar? No rádio compararam com a comemoração por um título no futebol.
Ontem assisti um programa na HBO com meu pai com o mesmo cara que fez Religulous, Bill Maher. É um comediante americano, liberal ao extremo, radical e muito ácido. O programa que eu vi ontem é do tipo stand-up, que o grande George Carlin fazia muito bem.
Bill Maher é obviamente democrata, e passa boa parte do seu show detonando os republicanos. Até aí ok, acho bom que os americanos sejam capazes de criticar fortemente uns aos outros. Não que eu concorde com tudo o que ele diz. Ele defende bastante o Obama, especialmente quando diz que sua política externa é mais próxima aos países muçulmanos, e que isso é bom pois ele, Bill, prefere não ter 3 bilhões de pessoas odiando os americanos.
Fica um pouco contraditório querer ser amiguinho dos caras e comemorar a morte do Bin Laden em praça pública. Além de atacar a Líbia e tentar matar o Kadafi...seus filhos...netos...
Só eu acho isso uma grande hipocrisia? Se eu acho que teria que matar o Bin Laden? Sinceramente não fico triste pela morte dele, mas não comemoraria nas ruas. Acho triste para a humanidade o fato de que a única solução para conflitos seja através da morte. Já na Líbia sou mais resistente, pois a OTAN está tomando partido de um dos lados de uma guerra civil, e as consequencias disso vão se estender por muito tempo.
Minha grande crítica ao Obama é que ele é muito hesitante. Ele pergunta demais e consulta demais. Ele é o homem mais poderoso do mundo, e não tem que ficar perguntando tanto. Tem que fazer o que acredita e viver com seus erros e acertos.
Muitas vezes a tal opinião pública é bastante estúpida. Basta ver casos em que multidões enfurecidas lincham criminosos. O consenso tende a ser medíocre no mínimo e bem ruim em muitos casos. Para as situações que os USA vivenciam na política externa, muitas vezes é necessário atirar antes e perguntar depois. Precisa usar muita inteligência para saber em que alvo vai atirar, mas na hora H não dá pra perguntar mais, tem que agir.
Essa crise toda no oriente médio está sendo vista como uma reinvidicação por democracia, como se a democracia nascesse do nada. São países que vivem com ditaduras há 20, 30, 40 anos, por que iriam querer democracia de repente? Espero sinceramente que seja esse o caso, mas meu lado mais racional diz para não ter muitas esperanças. Mais provável que um novo grupo suba ao poder, sem melhorias significativas para a população.
Mas saí do tema, o principal era mencionar isso, que os progressistas criticam os conservadores pelo uso da força, e quando estão no poder fazem o mesmo, e ainda comemoram. Eu não comemoro. Só não fico chateado. É como cortar um dedo gangrenado para salvar o braço. Não é pra comemorar.
Vi a notícia hoje de manhã. Como eu esqueci o ipod em casa e graças a um acidente na marginal escutei todas as versões, análise, discussões em todas as rádios agora de manhã. O que me espantou foi ver na internet imagens dos americanos comemorando a morte do Osama.
Isso vai surpreender quem me acha insensível, mas me chocou ver pessoas comemorando a morte de outra pessoa. Uma sensação de alívio seria compreensível, mas celebrar? No rádio compararam com a comemoração por um título no futebol.
Ontem assisti um programa na HBO com meu pai com o mesmo cara que fez Religulous, Bill Maher. É um comediante americano, liberal ao extremo, radical e muito ácido. O programa que eu vi ontem é do tipo stand-up, que o grande George Carlin fazia muito bem.
Bill Maher é obviamente democrata, e passa boa parte do seu show detonando os republicanos. Até aí ok, acho bom que os americanos sejam capazes de criticar fortemente uns aos outros. Não que eu concorde com tudo o que ele diz. Ele defende bastante o Obama, especialmente quando diz que sua política externa é mais próxima aos países muçulmanos, e que isso é bom pois ele, Bill, prefere não ter 3 bilhões de pessoas odiando os americanos.
Fica um pouco contraditório querer ser amiguinho dos caras e comemorar a morte do Bin Laden em praça pública. Além de atacar a Líbia e tentar matar o Kadafi...seus filhos...netos...
Só eu acho isso uma grande hipocrisia? Se eu acho que teria que matar o Bin Laden? Sinceramente não fico triste pela morte dele, mas não comemoraria nas ruas. Acho triste para a humanidade o fato de que a única solução para conflitos seja através da morte. Já na Líbia sou mais resistente, pois a OTAN está tomando partido de um dos lados de uma guerra civil, e as consequencias disso vão se estender por muito tempo.
Minha grande crítica ao Obama é que ele é muito hesitante. Ele pergunta demais e consulta demais. Ele é o homem mais poderoso do mundo, e não tem que ficar perguntando tanto. Tem que fazer o que acredita e viver com seus erros e acertos.
Muitas vezes a tal opinião pública é bastante estúpida. Basta ver casos em que multidões enfurecidas lincham criminosos. O consenso tende a ser medíocre no mínimo e bem ruim em muitos casos. Para as situações que os USA vivenciam na política externa, muitas vezes é necessário atirar antes e perguntar depois. Precisa usar muita inteligência para saber em que alvo vai atirar, mas na hora H não dá pra perguntar mais, tem que agir.
Essa crise toda no oriente médio está sendo vista como uma reinvidicação por democracia, como se a democracia nascesse do nada. São países que vivem com ditaduras há 20, 30, 40 anos, por que iriam querer democracia de repente? Espero sinceramente que seja esse o caso, mas meu lado mais racional diz para não ter muitas esperanças. Mais provável que um novo grupo suba ao poder, sem melhorias significativas para a população.
Mas saí do tema, o principal era mencionar isso, que os progressistas criticam os conservadores pelo uso da força, e quando estão no poder fazem o mesmo, e ainda comemoram. Eu não comemoro. Só não fico chateado. É como cortar um dedo gangrenado para salvar o braço. Não é pra comemorar.
4 comentários:
fala mano!! cara, eu discordo um pouco de vc...fico feliz quando caras como ele são eliminados...as vezes a unica forma de lidar com o mal é sendo mais mal ainda..
enfim, confabulações!!
ps: tá com medo do todo-poderoso timao??
Poxa, Masa, menos.
Os caras jogaram dois aviões no maior centros econômicos do mundo, coração dos estados unidos.
Muita gente conhecia pessoalmente pessoas que morreram lá.
Me coloco no lugar deles, e fico pensando que é muito difícil não comemorar ao saber que um cara que matou um amigo querido ou um familiar está morto.
Não porque ele não vai fazer de novo, mas porque um filho da puta desse tem que morrer mesmo.
Entendo o sentimento das pessoas que perderam entes queridos. Mas é algo sem volta, certo? Imagino se um bandido matasse um parente meu em um assalto. Se a polícia eliminasse o bandido 10 anos depois eu faria um churrasco de celebração? Acho que não....prefiro comemorar a derrota do Curintia...
Como coloquei no texto, é a diferença entre alívio x celebração.
O que quis destacar no texto é que não gosto do maniqueísmo dos progressistas, que se colocam sempre como os bonzinhos contra os maus do momento ( podem ser banqueiros, conservadores, capitalistas, militares, etc).
A celebração da morte de alguém pra mim tem a ver com ódio. Você tem que odiar alguém pra comemorar sua morte. E eu não quero esse sentimento pra mim, acho que não faz bem pra ninguém.
Bom, eu também não quero para mim, e espero que não tenha, mas acharia muito difícil reagir de outra forma...
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