quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Eu quero um salário quântico...

Li o post anterior, do Rivotril, e me deu vontade de fazer este aqui. Mais ou menos na mesma pegada.

Esta semana a empresa do Enxaqueca organizou um café da manhã em um hotel aqui no centro de SP. Muito gentilmente fui convidado. O evento foi bem legal e curti ter ido.

Neste evento, conheci um cara que tinha uma empresa de consultoria (bom, 80% das pessoas acima de 40 anos que perdem os empregos na carreira corporativa se vêem obrigadas a virar consultores). Quando perguntei consultoria em que, ele me respondeu "em saltos quânticos de qualidade".

Hum, depois de refletir por alguns segundos - eu já ouvi falar em física quântica e foi a primeira referência que me veio à mente quando ouvi a palavra "quânticos" mas confesso que não sei muito a respeito - perguntei "mas o que exatamente é isso?".

Bom, ele me explicou que a física quântica diz que não há matéria, tudo é energia em movimento.
E que a empresa dele analisa os processos das empresas e as competências das pessoas envolvidas e alinha um com o outro promovendo, assim, um salto quântico de qualidade.

E aí, entendeu a relação? Pois é, nem eu.

Juro por tudo que há de mais sagrado que não estou criticando o cara. Vai ver foi a forma que ele encontrou de se destacar, sei lá, e eu realmente espero que ele venda muitos projetos e consiga terminar de pagar os estudos dos filhos mas que estamos vivendo uma época no mímino pitoresca, estamos...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Seleção

Hoje fui num headhunter participar de um processo, fiquei espantado com a quantidade de testes:

- Teste de inglês oral
- Teste de inglês escrito
- Teste de personalidade
- Resolução de um case
- Redação (título "Quem sou eu?"): escrita a mão

Tudo isso para entrar na empresa que é a 3a do segmento, com os detalhes:
- a marca principal está escrita em inglês (dificil pra caralho pra falar)
- um dos principais targets mal sabe ler e escrever

Bom, e o cargo tb não é nenhum Marketing Senior Motherfucker Manager, blá, blá, blá, com o carro equipado com sky window blaster mega i can see the moon.

Fiquei pensando onde está o problema:
- na empresa que pede um monte de merda que não levam a nada?
- na headhunter que aproveita o candidato que está lá para fazer os testes de merda?

Tirando o teste de inglês, os demais é pura bullshitagem, caralho até fora da empresa ainda na fase de "seleção" vc já tá na bullshitagem.

E ninguém pergunta, "e aí mermão, quando o bixo pegua quem vc fode primeiro: seu chefe, sua equipe, seus pares? Qualé a tua estratégia nessa hora pra se safar?"
Imagina o quanto mais sincero seria.

É isso aí galera, corporativo na veia!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Liberdade

Hoje acordei 8 e meia. Saí de casa e fui instalar um som novo no carro. Meu antigo quebrou, e agora coloquei um com entrada para I-pod. Como diz o Enxaqueca, agora tenho LIBERDADE !!!!

Fazia semanas que estava pra resolver isso. Hoje também comprei o copo para o liquidificador que quebrei há mais de um ano. É um modelo diferente, presente de casamento do meu irmão, um pouco mais difícil de achar, mas não tão difícil assim...

Tenho o péssimo hábito de não resolver as coisas. Tudo que é manutenção eu enrolo pra fazer. O incrível é como às vezes é só ir lá e fazer. Ontem troquei a bateria do carro, que também havia semanas que estava pendente.

Parte do problema é que trabalho bastante, e a idéia de fazer essas coisas no sábado de manhã é desanimadora. Ou estou de ressaca ou tenho que dormir até tarde para descansar da semana puxada. Ou ainda posso estar com as minhas filhas, ou com alguma companhia feminina. Em qualquer desses casos, a idéia de sair pra trocar a bateria do carro não atrai...

Na verdade gosto de coisas novas, que não precisam de manutenção. Carro por exemplo, gosto de trocar com uns 50-60 mil km, quando começam a dar os problemas mais sérios. Quando viajo a trabalho, sempre prefiro hotel novo, mesmo que seja um mais simples. Em casa, não curto arrumar nada, trocar lâmpada ou consertar algo. Faço se precisar, mas não curto.

Só tem uma coisa que não tem jeito. Nosso corpo. Quando passsa dos 30-35, começa a dar problemas, e exige manutenção. Quando você é mais novo, se der problema- doença, acidente, ressaca - basta cuidar, descansar, que tá novo de volta. Depois de certa idade, você tem que descansar pra EVITAR o problema. Cuidar para MANTER funcionando. E nunca mais vai ser novo como era antes....isso é realmente um saco...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O recurso mais importante

Qual é seu recurso mais importante?

Eu queria ter mais 24 horas em cada dia. São tantas coisas que teria pra fazer nesse tempo extra...

Atualmente estou num período pesado de trabalho, viajando muito, e isso não vai diminuir tão cedo. E tenho novos negócios andando, quero voltar a fazer esporte, preciso fazer fisioterapia para o ombro, ler mais, ver os filmes que já baixei...

Isso tudo no segundo plano, pois o primeiro sempre é passar o máximo de tempo possível com minhas filhas, amigos, família...

Portanto, quando vejo enrolação, me sinto roubado. Fico imaginando aquelas reuniões intermináveis, convenções de vendas, Team Building, etc...todo esse tempo me foi roubado, não volta mais.

Dinheiro você pode conseguir mais. Existem milionários que tem muito mais desse recurso. Mas o tempo iguala a todos. Um milionário tem as mesmas 24 horas por dia que eu eu você.

Às vezes me pego sonhando com um futuro em que serei um velhinho semi-aposentado e poderei ficar lendo, vendo filmes. Passar uma manhã durante a semana em um jardim. Com meus netos talvez? Dormir o quanto eu quiser...

Tenhos saudades às vezes dos finais de semana que tinha que encontrar o que fazer. Que dizer das tardes que passei de férias, jogando basquete por 3 ou 4 horas seguidas???

É como dizem por aí.

Dos 18 aos 30, você tem muito tempo e disposição, mas não tem dinheiro.
Dos 30 aos 60, você tem dinheiro, tem disposição, mas não tem tempo.
Dos 60 em diante você tem tempo, tem algum dinheiro, mas falta disposição...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Tá foda....

Tá foda trabalhar....

Quantas vezes por ano penso assim??? Mais do que gostaria, é claro...hoje em particular é porque tá difícil algo dar certo ultimamente...

Poderia dividir negócios comerciais em 2 tipos. Os que vendem para outras empresas e os que vendem para consumidor final.

Ter outra empresa como cliente é muito chato na maior parte do tempo. Você não escolhe o cliente, pois em geral o mercado já tem as principais empresas para quem você vai vender seu produto ou serviço. Se o dono for um mega-chato, azar o seu. Se o comprador for um mala, azar o seu. Se o financeiro não pagar o boleto, você não pode brigar, afinal é seu "cliente". Ou seja, chato pra cacete...

Ter consumidor final como cliente é chato porque as pessoas tem exigências. Parece estranho mas é verdade, pois no passado, quem mandava era quem vendia, não quem comprava. Basta ver as porcarias de carros que eram vendidas por exemplo. Vale dizer também que ao trabalhar com o cliente final sua base de clientes aumenta muito.

E quando o consumidor volta pra trocar a mercadoria, briga, diz que vai no Procon... Aliás, esse código do consumidor às vezes pode ser bem absurdo. Concordo que tem empresas que abusam, mas em geral a pessoa pode optar por não comprar mais lá, isso não seria o suficiente na maior parte dos casos? Espere até ter um consumidor que é advogado reclamando, aí você vai ver o que enfrentar uma situação difícil.

Além disso, quando um consumidor vai até a loja reclamar de um produto que a indústria fabricou, adivinha onde vai parar a bucha? Volta pro fabricante. Ou seja, o fabricante tem o ônus duplo de lidar com o lojista e o consumidor.

O comprador empresarial tem um problema a mais. Ele faz dinheiro tirando dinheiro de você, reduzindo seu preço e margem. Ou seja, o objetivo dele é conflitante com o seu. O consumidor final quer pagar menos, mas é diferente o enfoque.

Quase toda minha carreira trabalhei vendendo para empresas. É difícil pra mim comparar portanto, mas acho que vender para o consumidor final faz mais meu estilo. E até desconfio que os motivos estão na minha personalidade, mas isso é papo pra outro post.